Sínodo sobre a Nova Evangelização

O secretário geral do Sínodo dos Bispos, Dom Nikole Eterovic, apresentou na manhã desta sexta-feira, 5, na Sala de Imprensa da Santa Sé, a 13º Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos. O encontro começa neste domingo, 7, no Vaticano e termina no próximo dia 28. A temática central é “A nova evangelização para a transmissão da fé cristã”.

Antes de entrar nos detalhes concretos da assembleia, o arcebispo destacou a importância de “manter unidos os aspectos do Sínodo, que indicam, de fato, que o propósito da nova evangelização é a transmissão da fé. Além disso , o processo de transmissão da fé, que em muitos casos hoje encontra obstáculos de diferentes naturezas, é levado a cabo no contexto da nova evangelização”.

Em seguida, Dom Nikole passou a ilustrar a preparação e a celebração de uma Assembleia Sinodal, um processo “complexo e exigente” que pode se dividir em três aspectos mutuamente entrelaçados: a dimensão espiritual, a reflexão teológica e pastoral e a preparação técnica e organizativa. Confira abaixo algumas considerações sobre cada um desses aspectos:

1- Dimensão espiritual
A oração acompanha e anima cada atividade sinodal. Acompanhou a preparação e terá um lugar destacado no Sínodo. Em particular, o Santo Padre presidirá quatro celebrações litúrgicas: em 7 de outubro, inauguração do Sínodo e proclamação de San Juan de Ávila e Santa Hildegarda de Bingen como doutores da Igreja; em 11 de outubro Santa Missa para a inauguração do Ano da Fé; em 21 de outubro canonização dos beatos Jacques Berthieu, Pedro Calungsod, Giovanni Battista Piamarta, Carmen Sallés e Barangueras, Marianne Cope, Kateri Tekakwitha e Anna Schäffer  e, em 28 de outubro, o encerramento do Sínodo.

2- Reflexão teológica e pastoral

Depois que o Santo Padre tinha escolhido o tema, a Secretaria geral do Sínodo redigiu o “Lineamenta”, documento de reflexão sobre esse argumento, que foi publicado em 4 de março de 2011. O questionário que acompanha o “Lineamenta” foi submetido à atenção dos organismos eclesiais, com os quais a Secretaria Geral do Sínodo tem relações institucionais, solicitando uma resposta antes de 1 de novembro de 2011. Tendo em conta o número de respostas, que alcançou os 90,5%, se pode ver o grande interesse das Igrejas particulares e outras organizações sobre o tema da reflexão sinodal (…). O Conselho Ordinário da Secretaria Geral analisou as respostas que foram resumidas no Instrumento Laboris, publicado em 19 de junho de 2012.

Outros documentos desempenharam um papel importante na preparação da Assembleia Sinodal. Além das catequeses do Santo Padre, trata-se em particular de duas cartas apostólicas em forma Motu próprio. A primeira é “Ubicumque et semper”, de 21 de setembro de 2012, na qual o Papa criou o Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização e “Porta Fidei”, de 11 de outubro de 2011, na qual proclama o Ano da Fé.

3- Preparação técnica e organizativa
Além dos padres sinodais nomeados pelo Papa, os outros Padres sinodais são eleitos pelas respectivas Conferências Episcopais, pelas Igrejas Orientais Católicas sui iuris – se ultrapassar o número de 25 bispos – assim como pela União de Superiores Gerais que têm direito a eleger 10 membros.

4 – Participação na Assembleia Sinodal
Na 13º Assembleia geral Ordinária do Sínodo dos Bispos participarão 262 padres sinodais; o maior número na história dos Sínodos. 103 da Europa, 63 da América, 50 da África, 39 da Ásia e 7 da Oceania. A maioria dos Padres sinodais, 182, foram eleitos assim: 172 pelas Conferências Episcopais e 10 pela União de Superiores Gerais; 3 froam designados pelas Igrejas Orientais Católicas sui iuris, 37 participam “ex ofício” e 40 foram nomeados pelo Santo Padre.

5- Acontecimentos importantes
Estão previstas 23 congregações gerais e 8 sessões dos Grupos de trabalho. Em 8 de outubro, o Secretário Geral e o Relator Geral lerão suas relações. Na sessão da tarde, haverá breves discursos dos representantes do episcopado dos cinco continentes sobre o tema da Assembleia Sinodal. Em síntese, devem indicar como foi percebido o tema do Sínodo no contexto das Igrejas particulares de cada continente.

 

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